O Roubo Continua


Desta vez, os Troikanos e a matilha do PPC lá decidiram implementar mais uma medida que é um autêntico roubo às populações e, infelizmente, estas permanecem inertes, como sempre.   Incrível!

A apropriação descarada e abusiva de bens e de serviços públicos continua de forma ainda mais intensa! E quanto mais têm, mais querem! 

Reparem como a conversa continua a ser a mesma: 

"A empresa que faz a ligação entre as margens do Tejo apontou, contudo, que esta subida dos tarifários ainda não vai permitir a dispensa do apoio financeiro do Estado, que tem de ser delineado aquando da futura contratualização do serviço público. Também a STCP avançou ontem que iria aplicar o aumento médio de 15% decretado pelo governo.

Apesar de não ter um grande impacto em termos da sustentabilidade operacional das empresas de transporte, este aumento poderá ajudar a reduzir a factura suportada pelo Estado ao nível das indemnizações compensatórias."

  Precisam das indemnizaçõezinhas....lá está...    

Agora, atendendo ao facto destas empresas privadas não andarem aqui a "trabalhar para aquecer" pois terão de ter, necessariamente, uma margem de lucro, pergunto eu: 

para dar prejuízo, como se vê que estão a dar, o que determina que existam as tais indemnizações compensatórias, não poderiam apenas dar prejuízo "nas mãos" do Estado?! 

E, ainda assim, será muito discutível se dão prejuízo ou não! Claro está que esta história de dar prejuízo funcionou para transferir a gestão destes serviços do PÚBLICO  para o PRIVADO "pois nas mãos dos privados - que são melhores a gerir - não dariam prejuízo"!!! 

Pois sim, vê-se...

Acresce que aos transportes públicos juntam-se outros serviços públicos essenciais, tais como a água, energia, comunicações, etc, onde o roubo se processa de forma idêntica... Veja-se o exemplo do que aconteceu na prestação do serviço de águas no Cartaxo, que é gerida e explorada por uma empresa privada! 

Estes serviços públicos essenciais, como o próprio nome indica, são vitais ao funcionamento da sociedade. Intimamente ligada à sua essencialidade, aparece uma outra característica: a sua instrumentalidade. Ou seja, estes serviços desempenham - ou pelo menos deviam desempenhar - apenas uma função na sociedade: servir as populações. Nada produzem uma vez que apenas servem para transportar as pessoas, aumentar a qualidade de vida, portanto, assegurar não só o funcionamento mínimo da sociedade como o bem-estar das populações. Repito, nada produzem.

Ora, os privados fizeram crer, falsamente, que estes sectores poderiam produzir riqueza, mas tal não tem acontecido. Por exemplo, no caso da EDP, seria positivo se esta empresa conseguisse, na sua expansão mundial - EUA, Escócia, etc . gerar riqueza para o País. Acontece que o salteador Mexia e a sua horda têm saqueado uma empresa que era pública e que agora apresenta um buraco financeiro que vai daqui até à China! 

Podemos verificar que, ao longo dos anos, a suposta  e prometida riqueza não se tem reflectido nas respectivas situações financeiras das empresas (ver fracasso da EDP e agora destas empresas que necessitam de indemnizações compensatórias).

 Para concluir, estes serviços destinam-se a servir a sociedade, as populações, e como tal, dada a sua essencialidade, deviam ser  prestados às populações a PREÇOS DE CUSTO E NÃO SERVIR PARA DAR LUCRO AOS PRIVADOS com grandes sacrifícios exigidos às populações!  

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